História
Os primitivos habitantes do território foram os índios caiapós e alguns elementos da tribo Panariá. Eram nações que habitavam a região próxima ao Rio Paranaíba e aos diversos ribeirões do município. Viviam da caça e, principalmente, da pesca, pois a região, antes da instalação das usinas hidrelétricas na região, era muito rica em pescados. Foram achados diversos vestígios das civilizações pré-históricas no município de Capinópolis. Entre os vestígios foram encontrados machadinhas (artefato lítico polido), pedras lascadas e cacos cerâmicos. Os locais de maior ocorrência de achados arqueológicos foram as regiões da Grama e do Britador.
Machadinha Indígena encontrada na Região da Gama
Os primeiros colonizadores que se tem notícia foram donos de sesmarias: Alferes José Rodrigues da Silva, Da. Francisca Ângela da Silva e José Luciano Teixeira, como os primeiros a se fixarem nessa região, por volta de 1810. Como a região era vastíssima a sesmaria ainda não era toda conhecida pelos colonos. Acreditamos que os índios foram saindo pouco a pouco da região e sendo dizimados por investidas de várias bandeiras que vinham limpar o local da presença dos índios.
No dia 09 de janeiro de 1893, saíram de São João Del Rei, sul de Minas, o sr Joaquim Maximiano, sua esposa Maria Francisca e quatro filhos, com tropa de animais cargueiros, aqui chegando no dia primeiro de março de 1893, acampando primeiramente na beira de um córrego, hoje denominado Córrego do Capim, próximo ao local onde hoje se encontra a ponte de saída para o município de
Cachoeira Dourada.
Vieram morar nesta região, também, vindos das Ilhas Açores, pertencentes a Portugal a família do Sr Manoel Tavares, que construiu um belíssimo casarão na região denominada Grama. Também o Sr Conceição Francisco Barbosa, que veio da divisa de Minas com o Estado de São Paulo em 1989 e construiu um belíssimo casarão na região dos Baús.
Como nesse tempo essas terras estavam abandonadas, os mesmos se apossaram de uma área e foram adquirindo outras, formando vários latifúndios.
Depois de alguns meses, Joaquim Maximiano de Almeida resolveu construir um ranchão, de madeira, no local onde hoje é a fazenda do sr Joaquim de Almeida, onde seria sua sede principal.
O sr Joaquim Maximiano de Almeida, na época com 31 anos de idade e sua esposa Da. Maria Francisca de Jesus, 27 anos de idade, tiveram quatro filhos. Começou o plantio de café na região onde permaneceu. Seu filho Jerônimo Maximiano da Silva nasceu no dia 28 de fevereiro de 1896, na região denominada Baús, hoje, Fazenda Ideal. Essas terras foram adquiridas pelo seu pai. Desde menino auxiliava seu pai no plantio e colheita de café e outros produtos para serem vendidos em Uberlândia e Uberaba. O transporte desses produtos era feito em carro de bois. Aos 22 anos de idade, Jerônimo Maximiano da Silva casou-se com Maria Silvério do Prado, filha de Luiz Bento Parreira e de Matilde Severino da Silva, da região do Córrego do Açude. Recebeu terras por doação de seu pai Joaquim Maximiano de Almeida. Em 1921 aumentou sua área rural adquirindo terras de Francisco Isaías da Silva e outros. Nessa época o plantio de café, mandioca, cana, milho e arroz se desenvolveram em sua propriedade e a aglomeração de pessoas foi aumentando em torno da Fazenda Ideal.
O capim Jaraguá era nativo e servia para a alimentação dos animais, daí surgiu o nome do lugar "Capim". As construções das casas eram de pau-a-pique e foram aumentando fazendo com que o arraial do Capim crescesse também.
PRIMEIRA ESTRUTURAS ARQUITETÔNICAS
Fazenda Grama Fazenda Ideal
Nos fins do século XIX e meados do século XX, com a vinda de negros de origem escrava, nordestinos, imigrantes libaneses, japoneses e italianos começaram no Capim as bases de uma nova povoação.
Em 1927 o local da sede do Município era de propriedade do sr Jerônimo Maximiano da Silva, que resolveu lotear uma parte da propriedade para a fundação de um povoado. No dia 05/07/1927 foi concluído o levantamento topográfico com o engenheiro agrônomo José Cirilo de Paula, que foi contratado para esse fim, e foram vendidos vários lotes, mas como os compradores não se preocupavam em construir, o sr Jerônimo Maximiano da Silva resolveu readquirir os lotes e ele mesmo tomou novas iniciativas para o progresso do local.
A comunicação com o Município de Ituiutaba era feita por meio de estrada de bois. Para trazer o primeiro veículo ao Arraial do Capim, um Ramona (camionete) ano 1927, foi construído um trecho de estrada ligando a estrada do Córrego do Açude, passando pelo lado direito do Bauzinho e pelo Baú Velho. Na propriedade de Jerônimo Maximiano da Silva foi construído um engenho de cana de açúcar. As canas para o engenho eram transportadas em carros de bois.
Chevrolet Ramona Carro de bois
Com a instalação do Distrito e do Cartório do Registro Civil e casamento, Jerônimo Maximiano foi o Juiz de Paz e fez o primeiro casamento no Distrito do Arraial do Capim.
Em 1937 construiu o prédio da primeiro grupo escolar, em 1940, com a ajuda de todos, construiu a capela de São Pedro e um dos seus genros construiu o campo de aviação.
DESENVOLVIMENTO POLÍTICO
Em 31 de dezembro de 1943, através da Lei nº 1058, com território sob jurisdição de Ituiutaba - MG criou-se o Distrito Arraial do Capim. Sua instalação deu-se a primeiro de janeiro de 1944. Explica-se o nome devido a uma coroa de capim Jaraguá existente no local onde seria no novo povoado.
Em 12 de dezembro de 1953, através da Lei Estadual nº 1039 elevou-se a Município com o nome de Capinópolis com o distrito sede e o distrito de Cachoeira Dourada.
A comunidade negra foi importantíssima no processo de emancipação da cidade, pois aqui havia um quilombo da época da escravidão.
O Brasão municipal foi criado pelo Decreto nº 108, de 05 de junho de 1968. As três coroas sobrepostas significam a evolução política de aldeia para cidade. As faixas em escarlate simbolizam a fertilidade do solo agricultável, cortado por sulcos de drenagem e curvas de nível, representando o progresso da técnica do sustento agrícola. As duas palmas que ladeiam o escudo simbolizam as diversas categorias de culturas agrícolas.
Prefeitos:
Dr. Cássio Macedo (1955 a 1958)
Odovilho Alves Garcia (1959 a 1962)
Osvaldo Nozzela (1963 a 1966)
João Batista Ferreira (1967 a 1970)
Iolando Ângelo da Silva (1970 a 1972)
João Batista Ferreira (1973 a 1976)
Antônio Teodoro de Alvarenga (1977 a 1983)
Osvaldo Prado (1983 a 1988)
Cândido Antônio Vaz (1989 a 1992)
Osvaldo Prado (1993 a 1993)
Ibrahin Bechara Younes (1993 a 1996)
Lucimar Batista Belchior (1997 a 2000)
José Neto Santana (2001 a 2004)
José Neto Santana (2005 a 2008)
Dinair Maria Pereira Isaac (2009 a 2012)
A Paróquia de São Pedro foi criada por D. Almir Marques Ferreira, Bispo de Uberaba, em primeiro de setembro de 1964. Antes da criação da Paróquia, a Igreja de São Pedro era subordinada à Paróquia de São José de Ituiutaba.
Muitos padres contribuíram para a propagação da doutrina católica no município de Capinópolis antes mesmo da criação da Paróquia. Os sacramentos eram celebrados na antiga capela de São Pedro.
Foram os seguintes padres que por aqui passaram antes da criação da Paróquia:
Padre Alexandre
Padre Leopoldo
Padre Osires Vaz
Com a criação da Paróquia, os padres que por aqui passaram foram os seguintes:
Frei Carmine Mattia - OFM, substituíam Frei Carmine em períodos de férias e viagens, Frei Demétrio e Frei Tarcísio.
Pe. Cleudeson Martins.
Pe. Antonio Vieira Barbosa
Pe. José Afonso Dé
Pe. Antonio Carlos dos Reis
Pe. Pedro Donizete.
Pe. João Clemente.
Pe. Samir Silva.
Pe. Willian de Ávila